O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Concertos da Liberdade – Convite à Valsa. Sob regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais vai apresentar peças únicas e atemporais deste gênero musical, um dos mais populares e românticos do mundo. O espetáculo acontecerá nos próximos dias 8 e 9 de agosto, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.
O concerto “Convite à Valsa” inclui obras marcantes criadas por Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), e Johann Strauss II (1825-1899). Trechos do repertório serão apresentados na terça-feira (8/08), às 12h, com entrada gratuita e sem necessidade de ingresso. Já no dia seguinte, quarta-feira (9/08), acontece a apresentação de gala, com o programa integral, a partir das 20h30, com ingressos a R$ 20 (Plateia 1), R$ 15 (Plateia 2) e R$ 10 (Plateia superior) a inteira. As apresentações têm classificação indicativa livre.
Com origem nos territórios hoje correspondentes à Áustria e à Alemanha, entre o final do século XVIII e o início do XIX, a valsa foi bastante utilizada nos salões vienenses para os bailes e festas, tendo como compositores mais famosos os membros da família Strauss. O gênero, porém, ganhou diferentes roupagens por autores de outras tradições, como Tchaikovsky, e logo se espalhou por toda a Europa como um símbolo da elegância e do refinamento.
O nome do gênero musical tem origem na palavra alemã waltzen, que significa justamente “dar voltas”, representando o principal movimento da dança homônima. Reconhecidas como obras de arte que encantam e emocionam pessoas de todas as idades e culturas, suas melodias envolventes e movimentos graciosos são uma expressão de beleza e excelência musical. Sob regência do conceituado maestro Roberto Tibiriçá, Convite à Valsa promete transportar o público para um universo de emoções e criações artísticas inesquecíveis.
As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.
Música atemporal
Passeando entre as obras de dois dos maiores compositores do século XIX, “Convite à Valsa” destaca a produção dos artistas dentro deste gênero musical específico, ao mesmo tempo ressaltando as suas distinções estilísticas e celebrando o que une gerações de pessoas em torno de sua música: a profundidade emocional que encanta os ouvintes há quase dois séculos.
“As valsas costumam ter temas lindos e muito melodiosos, por isso viraram exemplo de Romantismo. Mas o propósito principal da escolha deste programa é demonstrar a diferença entre as obras de Tchaikovsky, que são criações para balé, e de Strauss II, voltadas à dança de salão. Também pensamos na seleção dessas valsas como uma oportunidade de chamar tanto as pessoas que já conhecem e apreciam esse estilo, quanto as gerações mais jovens, que podem encontrar na valsa uma forma de expressar o que estão sentindo em seus relacionamentos”, explica o maestro Roberto Tibiriçá.
O programa começa com alguns dos trechos de balés mais aclamados da História, escritos por Piotr Ilitch Tchaikovsky. É o caso da Valsa, um dos trechos de O Lago dos Cisnes, encenado pela primeira vez em 1877, em Moscou, então Império Russo. O balé dramático conta a história do amor de um príncipe por um cisne. A obra passou a ser referência obrigatória no repertório do balé clássico, com enredo encantador, vibrante e lúdico, e é ainda mundialmente conhecida pela união virtuosa entre orquestração e dança.
Também de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica interpretará a Valsa das Flores, de O Quebra-Nozes, último balé composto pelo músico e apresentado ao público pela primeira vez no ano de 1892, em São Petersburgo, capital do Império Russo. Na história, que se passa durante uma noite de Natal, a menina Clara ganha de presente um boneco quebra-nozes, e com ele segue viagem por um mundo mágico em que os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, e viajam por diversos reinos. Celebrado sobretudo por sua melodia delicada e movimentos graciosos, que habitam o imaginário popular há gerações, a Valsa das Flores é frequentemente apresentada em espetáculos de dança clássica. O compositor russo ainda marcará presença no concerto com as Valsas de A Bela Adormecida e Eugene Onegin.
Convite à Valsa traz também o ápice de qualidade do repertório vienense, destacando o trabalho de Richard Strauss II, que passou à história como “O Rei da Valsa”. Um dos principais nomes do período Romântico da música sinfônica, Strauss II é autor de uma das valsas mais conhecidas e amadas, O Danúbio Azul, cuja estreia aconteceu em 1867, em Viena, na Áustria. Pouco mais de um século depois, a obra foi imortalizada no cinema ao ser incluída na trilha sonora do filme de ficção científica 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Porém, antes de proporcionar um balé de naves espaciais, O Danúbio Azul já era (e continua a ser) uma das peças mais executadas em concertos e bailes de gala ao redor do mundo. Com sua melodia cativante e ritmo suave, a obra se tornou um verdadeiro clássico e é frequentemente associada à cidade de Viena, onde Strauss II viveu e trabalhou.
O maestro Roberto Tibiriçá salienta o desafio que a obra de Strauss propõe aos instrumentistas e ao regente. “Nós escolhemos algumas das valsas mais populares, então sempre temos a grande responsabilidade de executá-las da melhor forma possível. No caso das valsas de Strauss II, elas são especialmente difíceis pelo requinte e pelas mudanças de andamento. Nas obras de Tchaikovsky, essas variações estão menos presentes, já que os bailarinos precisam de uma maior estabilidade. Ao mesmo tempo, por isso as valsas de Strauss possuem uma grande riqueza, justamente pela grande variedade de andamentos e ornamentações”, pontua.
O repertório do concerto conta ainda com a Valsa do Imperador, também de Strauss II, composição muito popular e executada com frequência em concertos e bailes mundo afora. Uma das últimas criações do austríaco, ela foi escrita para grande orquestra e estreou no ano de 1889, em Berlim, na Alemanha. A obra apresenta uma longa introdução ao estilo marcha, culminando em movimentos de contrastantes melodias. Com seu ritmo envolvente, a Valsa do Imperador sedimentou sua reputação como um verdadeiro hino à elegância e ao requinte. Fecham o programa a valsa Contos dos Bosques de Viena, além da conhecidíssima Vozes da Primavera, ambas de Strauss II.
O maestro Roberto Tibiriçá reforça o Convite à Valsa. “É um programa muito romântico e de fácil acesso, mesmo àqueles que não estão acostumados com o repertório clássico. Acredito que esta é uma ótima forma de vir ao Grande Teatro prestigiar o trabalho da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. São músicas doces e de grande beleza. Certamente será muito prazeroso para quem estiver aqui”, promete.
Programa
Piotr Ilitch Tchaikovsky
Valsa do balé O Lago dos Cisnes
Valsa do balé A Bela Adormecida
Valsa da ópera Eugene Onegin
Valsa das Flores, do balé O Quebra-Nozes
Johann Strauss II
Valsa do Imperador
Contos dos Bosques de Viena
Vozes da Primavera
O Danúbio Azul
Serviço
Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 8/08/2023 (terça-feira)
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Entrada gratuita, sem necessidade de ingresso
Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 9/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h30
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Ingressos (inteira): Plateia 1: R$ 20 | Plateia 2: R$ 15 | Plateia superior: R$ 10
Informações para o público: (31) 3236-7400
Crédito
Comunicação Governo do Estado de Minas Gerais
Foto: Paulo Lacerda